Pular para o conteúdo principal

Postagens

Destaques

rabiscos, rascunhos, fragmentos de uma escrita atravessada

Foi nessa sala que minha cabeça rachou mais uma vez. Rachou diante da questão enunciada por Júlio Nlongi corpo-texto. Excitante é ter uma cabeça quebrada. O sol na cabeça, o sol quebrando. “Quem é esse nós?” Quebra a cabeça. Talvez, quebrar cabeças seja uma trilha aberta para o próprio corpo. Talvez. Mas isso é outra história e não é. Escutar e enunciar e quebrar e encarnar e...eu acho que é sobre esses verbos que eu desejo falar aqui. Falar dessas coisas todas misturadas, juntas, uma a uma. E falar como uma mulher branca nesse tempo é dizer também que eu sou descendente de imigrantes trazidos para “colonizar” as falaciosas terras “devolutas” do Brasil. Cara de índio - Djavan (1978) Eu sou branca, bisneta de uma política pública de branqueamento do Brasil, neta de uma repetição que eu não quero mais repetir, filha da repetição e do privilégio de não precisar me fazer uma questão como essa: “Nós?” Quebra a cabeça. Enquanto essa metáfora age um sujeito passeia inquieto e nervoso. Não ten

Últimas postagens